Em entrevista ao iG Gente, as atrizes de filmes adultos Mayanna Rodrigues e Patty Kimberly falam sobre o início da carreira, preconceitos e do futuro
Quando pensamos em uma mulher que decidiu seguir a carreira de atriz pornô, nos perguntamos o que motivou essa escolha, certo? O fato é que muitas coisas podem fazer com que alguém decida seguir esse caminho e, muitas dessas pessoas, até sonham com isso. "Sempre tive vontade", comenta a atriz de filmes adultos Mayanna Rodrigues , em entrevista ao iG Gente.
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Ao contrário de Mayanna, Patty Kimberly não sonhava em se tornar uma atriz. Na verdade, ela queria ser capa de alguma revista masculina, mas um produtor que apareceu no seu caminho a convidou para fazer um filme. "Melhor do que ser capa de revista era mesmo ser atriz pornô ", comenta ela também em entrevista ao iG . "Exatamente o que eu queria, eu procurava essa exposição, eu queria ser desejada, eu queria seduzir, ser conhecida. Ter nome e sobrenome".
O que se nota é que, apesar de uma batalhar para ser uma atriz e a outra não, as duas gostaram da ideia. "Eu vim para São Paulo para trabalhar como stripper em uma casa de American Show, eu conhecia uma menina que fazia (filmes), ela comentou comigo e eu me interessei, aí ela me apresentou um booker e eu comecei, foi tudo muito rápido", continua Mayanna, de 30 anos.
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Apesar de não saber responder o por quê de ter seguido essa carreira, Mayanna não tem vergonha em dizer que sempre achou a área interessante. "Não tem um motivo específico, mas desde que fiquei maior trabalho no mercado erótico e quero fazer de tudo".
Se Patty aceitou tranquilamente ser uma atriz pornô, teve que aprender a não se importar muito com o que os outros diziam a seu respeito, afinal, as pessoas sempre comentam. "Quando eu ia visitar a minha mãe no bairro que eu morava, os meninos da rua gritava 'Olha a garota da van', referindo-se ao trabalho que eu fazia para a internet, ou falavam que me viram no filme, me viram 'dando'. As pessoas comentarem do meu trabalho, mostra que elas me conhecem", explica.
Preconceito na carreira de atriz pornô
Quando falamos do preconceito, Mayanna e Patty falam exatamente a mesma coisa: elas não sofreram diretamente com isso. "Eu sou muito bem resolvida e assumo todos os meus trabalhos no meio", comenta Mayanna, que acredita que isso impossibilite as pessoas de te julgarem e serem preconceituosas. "No geral, todo mundo sabe, acha legal, elogia, consome ou apoia".
Patty fala quase da mesma maneira. "As pessoas não apontam nem falam mal, não na minha frente, na verdade as pessoas me respeitam, mas acredito que na minha ausência, quando tocam no assunto, aí sim deve existir o tal preconceito", teoriza.
Outro problema que nenhuma das duas sofreu foi com a desaprovação da família. "Meus familiares sempre souberam e sempre me aceitaram independente do que eu faça", comenta Patty, que namora há mais de um ano. "Meu namorado sente ciúmes, mas conversamos bastante e ele entende que amo a minha profissão e que é minha opção continuar atuando".
A profissão
Ambas são apaixonadas pelo que fazem: "Eu gosto de saber que faço pornografia porque quero. Hoje o que mais gosto é de poder trabalhar com um pornô que eu consumo e de poder fazer o que eu quero e me dá prazer", explica Mayanna. Patty ainda acrescenta outra vantagem da profissão: "Tenho uma ótima auto-estima, estamos sempre cuidando da alimentação e fazendo exercícios para manter o corpo em forma, sou bem resolvida na cama, sou desejada e, além de tudo, sou bem remunerada".
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Mas como nem tudo são flores, ela ainda consegue achar uma desvantagem, e que desvantagem. "Por eu ter a vida pública alguns se acham no direito de me julgar", completa a atriz.
O futuro
Ao pensar no futuro, Patty e Mayanna sonham em continuar no meio que tanto sentem prazer em trabalhar. "Quanto eu sair de frente das câmeras, com certeza permanecerei atrás delas", conta Mayanna. Já Patty, tem também um plano B. "Também penso em começar a produzir e manter o meu site com as assinaturas mensais. Também quero casar e, quem sabe ser mãe", finaliza a atriz pornô .